terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sonda Cassini captura imagem de tempestade em Saturno

Espaço - 21h45 -  A Sonda espacial Cassini capturou a imagem de uma gigantesca tempestade em Saturno, no hemisfério norte do planeta. Foto: AFP
Imagem captada pela sonda Cassini, da Nasa, mostra em branco a tormenta no hemisfério norte de Saturno

A sonda espacial Cassini capturou a imagem de uma gigantesca tempestade em Saturno. A foto obtida no dia 24 de dezembro mostra em branco a tormenta no hemisfério norte do planeta. As informações são da agência AFP.
As tormentas em Saturno são comuns, mas segundo o site Space.com, a tempestade captada pela sonda Cassini, da Nasa, é maior que o normal e bilha mais que os próprios anéis do planeta.

Viagem de marreco chinês lança luz sobre migração das aves


Um marreco selvagem retornou a Hong Kong após uma viagem de ida e volta de 12.000 km, passando pelo Ártico, e os especialistas em preservação afirmam que a façanha trouxe novas informações sobre a migração das aves.
Segundo o grupo ambientalista WWF, a fêmea de marreco-arrebio (Anas acuta), que teve um transmissor acoplado em dezembro do ano passado, voltou à reserva natural Mai Po neste Natal.
A ave foi a única de 23 pássaros de Hong Kong marcados com um transmissor alimentado por energia solar a retornar ao território chinês, anunciou o grupo ambientalista em um comunicado à imprensa.
O rastreador mostrou que a ave deixou Hong Kong em 25 de fevereiro e chegou ao Círculo Ártico em meados de junho.
Ela parou no leste e no nordeste da China e no Mar Amarelo, na altura da costa sul-coreana, antes de chegar à Sibéria, onde permaneceu por três meses supostamente para acasalar antes de seguir para o sul, no fim de setembro.
Voando a uma velocidade média de 50 km/h, a marreca viajou 1.700 km em três dias, parando na Rússia e no Japão antes de chegar à província chinesa de Guangdong, em 18 de dezembro.
Ela acabou retornando à reserva natural de Hong Kong no Natal, após uma viagem de ida e volta que totalizou 12.000 km.
Segundo a emissora britânica BBC, o WWF usou a ferramenta Google Earth para rastrear as áreas de alimentação da pata e seu caminho de volta a Hong Kong.
Katherine Leung, especialista da WWF em Hong Kong, disse ao jornal South China Morning Post que o projeto forneceu informações importantes sobre a migração de aves.
"Durante a migração, os patos enfrentam muitas ameaças, como predadores naturais, caçadores e doenças", explicou. "Outra tendência preocupante são os projetos de desenvolvimento, inclusive de recuperação (de terras), que resultam, provavelmente, em perda de hábitat para eles e outras aves aquáticas", acrescentou.
Conhecer "sua rota migratória nos ajudará a protegê-los melhor no futuro", concluiu.
Apenas outros dois transmissores dos 23 acoplados aos patos ainda estão funcionando. Os outros provavelmente caíram, apresentam falhas na trasmissão ou os animais foram caçados.
Segundo informações divulgadas no site da BBC, uma das aves foi morta quando sobrevoava a Rússia e seu transmissor foi rastreado até onde se acredita que seja a casa do caçador que a abateu.
Outra, uma piadeira (Anas penelope), parecia estar na Coreia do Norte, onde passou mais de um mês, acrescentou o WWF.
O projeto foi realizado pelo WWF Hong Kong, em parceria com o departamento de microbiologia da Universidade de Hong Kong, da Asia Ecological Consultants e do Serviço Geológico Americano para estudar a migração dos patos selvagens e o papel das aves migratórias na gripe aviária.
Hong Kong foi o epicentro da maior epidemia de grive aviária entre humanos em 1997, quando seis pessoas morreram vítimas de mutação do vírus, que normalmente fica restrito a aves domésticas.

Cientistas pretendem criar simulador da vida na Terra


Um grupo internacional de cientistas está tentando criar um simulador para recriar tudo o que acontece na Terra, desde os padrões do clima global à disseminação de doenças, passando por transações financeiras internacionais ou mesmo os congestionamentos nas ruas de uma cidade.
Batizado de Living Earth Simulator (LES, ou Simulador da Terra Viva), o projeto tem como objetivo ampliar o entendimento científico sobre o que acontece no planeta, encapsulando as ações humanas que moldam as sociedades e as forças ambientais que definem o mundo físico.
"Muitos problemas que temos hoje - incluindo as instabilidades sociais e econômicas, as guerras, a disseminação de doenças - estão relacionadas ao comportamento humano, mas há aparentemente uma séria falta de entendimento sobre como a sociedade e a economia funcionam", afirma Dirk Helbing, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia, que dirige o projeto FuturICT, que pretende criar o simulador.
Graças a projetos como o Grande Colisor de Hádrons, o acelerador de partículas construído na Suíça pela Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), os cientistas sabem mais sobre o início do universo do que sobre nosso próprio planeta, diz Helbing.
Segundo ele, necessita-se de um acelerador de conhecimento, para fazer colidir diferentes ramos do conhecimento.
"A revelação das leis e dos processos ocultos sob as sociedades constitui o grande desafio mais urgente de nosso século", afirma.
O resultado disso seria o LES. Ele seria capaz de prever a disseminação de doenças infecciosas, como a gripe suína, descobrir métodos para combater as mudanças climáticas ou mesmo identificar pistas de crises financeiras incipientes.
Supercomputadores
Mas como funcionaria esse sistema colossal? Para começar, seria necessário inserir grandes quantidades de dados, cobrindo toda gama de atividades no planeta, explica Helbing.
Ele também teria que ser movido pela montagem de supercomputadores que ainda estão para ser construídos, com a capacidade de fazer cálculos em uma escala monumental.
Apesar de os equipamentos para o LES ainda não terem sido construídos, muitos dos dados para alimentá-lo já estão sendo gerados, diz Helbing.
Por exemplo, o projeto Planetary Skin (Pele Planetária), da Nasa (agência espacial americana), verá a criação de uma vasta rede de sensores coletando dados climáticos do ar, da terra, do mar e do espaço.
Para completar, Helbing e sua equipe já começaram a identificar mais de 70 fontes de dados online que eles acreditam que possam ser usadas pelo sistema, incluindo Wikipedia, Google Maps e bases de dados governamentais.
A integração de milhões de fontes de dados - incluindo mercados financeiros, registros médicos e mídia social - geraria o poder do simulador.
Pântano de dados
O próximo passo é criar uma base para transformar esse pântano de dados em modelos que recriam com precisão o que está ocorrendo hoje na Terra.
Isso só será possível com a coordenação de cientistas sociais, especialistas em computação e engenheiros para estabelecer as regras que definirão como o LES vai operar.
Segundo Helbing, esse trabalho não pode ser deixado para pesquisadores de ciências sociais tradicionais, que tipicamente trabalham por anos para produzir um volume limitado de dados.
Também não é algo que poderia ter sido conseguido antes - a tecnologia necessária para fazer funcionar o LES somente estará disponível na próxima década, observa Helbing.
Por exemplo, o LES precisará ser capaz de assimilar vastos oceanos de dados e ao mesmo tempo entender o que significam esses dados.
Isso só será possível com a maturação da chamada tecnologia de web semântica, diz Helbing.
Hoje, uma base de dados sobre poluição do ar seria percebida por um computador da mesma maneira que uma base de dados sobre transações bancárias globais - essencialmente apenas uma grande quantidade de números.
Mas a tecnologia de web semântica será capaz de trazer um código de descrição dos dados junto com os próprios dados, permitindo aos computadores entendê-los dentro de seu contexto.
Além disso, nossa abordagem sobre a coleta de dados deve enfatizar a necessidade de limpá-los de qualquer informação que se relacione diretamente a um indivíduo, explica Helbing.
Segundo ele, isso permitirá que o LES incorpore grandes quantidades de dados relacionados à atividade humana sem comprometer a privacidade das pessoas.
Uma vez que uma abordagem para lidar com dados sociais e econômicos em larga escala seja acertada, será necessário construir centros com supercomputadores necessários para processar os dados e produzir a simulação da Terra, diz Helbing.
Capacidade de processamento
A geração de capacidade de processamento para lidar com a quantidade de dados necessários para alimentar o LES representa um desafio significativo, mas está longe de ser um impedimento.
Para Peter Walden, fundador do projeto OpenHeatMap e especialista em análise de dados, se olharmos a capacidade de processamento de dados do Google, fica claro que isso não será um problema para o LES.
Apesar de o Google manter segredo sobre a quantidade de dados que é capaz de processar, acredita-se que em maio de 2010 o site usava cerca de 39 mil servidores para processar um exabyte (1.000.000.000.000.000.000 bytes) de dados por mês - quantidade de dados suficientes para encher 2 bilhões de CDs por mês.
Se aceitarmos que apenas uma fração das "várias centenas de exabytes de dados sendo produzidos no mundo a cada ano seriam úteis para uma simulação do mundo, o gargalo do sistema não deverá ser sua capacidade de processamento", diz Warden.
"O acesso aos dados será um desafio muito maior, além de descobrir como usá-los de forma útil", afirma.
Warden argumenta que simplesmente ter grandes quantidades de dados não é suficiente para criar uma simulação factível do planeta.
"A economia e a sociologia falharam consistentemente em produzir teorias com fortes poderes de previsão no último século, apesar da coleta de muitos dados. Eu sou cético de que grandes bases de dados farão uma grande mudança", diz.
"Não é que não sabemos o suficiente sobre muitos dos problemas que o mundo enfrenta, mas é que não tomamos nenhuma medida a partir das informações que temos", argumenta.
Independentemente dos desafios que o projeto enfrenta, o maior perigo não é tentar usar as ferramentas computacionais que temos hoje e que teremos no futuro para melhorar nosso entendimento das tendências socioeconômicas, diz Helbing.
"Nos últimos anos, tem ficado óbvio, por exemplo, que necessitamos de indicadores melhores que o Produto Interno Bruto (PIB) para julgar o desenvolvimento social e o bem-estar", argumenta.
No seu âmago, ele diz, o objetivo do LES é usar métodos melhores para medir o estado da sociedade, o que poderia então explicar as questões de saúde, educação e ambiente. "E por último, mas não menos importante, (as questões) de felicidade", acrescenta.

Alemanha: tigre faz fisioterapia, mas pode acabar sacrificado

Tigre passa por fisioterapia na Alemanha. Foto: EFE
Tigre passa por fisioterapia na Alemanha

O zoológico de Halle, na Alemanha, começou a tratar um filhote de tigre com fisioterapia para tentar fazer o animal voltar a andar. O fihote de dois meses recebe terapia todos os dias. Contudo, se o tratamento não funcionar, ele será sacrificado. As informações são da agência EFE.
Segundo a agência, o animal nasceu saudável, contudo, após alguns dias, não conseguia mais mexer os membros, certamente por causa de algum acidente.

Arqueólogos encontram tumba de príncipe celta na Alemanha

Foram encontradas joias e outros objetos na tumba. Foto: EFE
Foram encontradas joias e outros objetos na tumba

Arqueólogos retiraram nesta terça-feira uma tumba celta de 80 t da cidade de Herbertingen, na Alemanha. Jóias e outros objetos foram encontrados. Os pesquisadores acreditam que o túmulo pertencia a um príncipe celta. As informações são da agência EFE e do jornal Bild.
Segundo a agência, foram necessárias duas gruas para retirar a tumba que deve seguir agora para um laboratório para ser analisada.

Estudo: homem de Neandertal cozinhava e comia vegetais

Na imagem acima, uma estátua do homem de Neandertal do museu de Mettman, na Alemanha. A descoberta da dieta com vegetais cozidos põe em xeque a teoria .... Foto: AFP

Na imagem acima, uma estátua do homem de Neandertal do museu de Mettman, na Alemanha. A descoberta da dieta com vegetais cozidos põe em xeque a teoria de que os Neandertais foram levados à extinção devido à sua dieta pobre

Pesquisadores dos EUA afirmaram ter encontrado restos de plantas cozidas fossilizadas em meio aos dentes de esqueletos do homem de neandertal. O estudo abre uma nova perspectiva para além da que neandertais se alimentavam somente de carne. As informações são do site da BBC e do The Guardian.
Segundo a professora Alison Brooks, da Universidade George Washington, não é a primeira vez que este tipo de situação acontece. "Já havíamos encontrado grãos de pólen junto com os Neandertais, mas não se podia afirmar se eles estavam comendo a planta ou simplesmente dormindo perto dela, ou algo do tipo", informou à BBC.
Até hoje, análises químicas feitas na estrutura óssea desses homens mostrava que sua dieta diária era constituída de muito pouco ou quase nenhum vegetal. Na realidade, o método aplicado nestas análises é que poderiam estar equivocados, de acordo com Brooks. "Presumíamos que se você tem uma alta taxa de proteína em sua dieta, ela deve vir da carne. Mas é possível que alguma coisa viesse também das plantas", falou.
Dolores Piperno, líder do estudo, falou ao site The Guardian que a descoberta evidencia o fato de que os homens de Neandertal eram mais sofisticados do que a comunidade acadêmica acreditava e, de certo modo, mais parecidos com o homem atual.
De acordo com ela, a teoria mais aceita era de que os Neandertais não eram ancestrais diretos do homem moderno e haviam sido extintos há cerca de 28 mil anos justamente pela falta de habilidade de se adaptar a outros tipos de alimentação que não a carnívora. "Toda a questão de por que eles foram extintos tem sido controversa por muito tempo e o tipo de dieta tinha um papel fundamental nessa discussão", contou ao The Guardian. Para ela, a descoberta põe em xeque a teoria de que o homem moderno levou os Neandertais à extinção por possuir uma dieta mais sofisticada e robusta.
A equipe da pesquisadora Piperno conseguiu permissão para estudar três dentes de homens de Neandertal das regiões do Iraque e da Bélgica. Eles teriam vivido de 36 mil a cerca de 46 mil anos atrás.

Fósseis de dentes podem mudar teoria da evolução humana

Fósseis de dentes de 400 mil anos foram encontrados durante uma escavação por arqueólogos israelenses. Foto: Reuters
Fósseis de dentes de 400 mil anos foram encontrados durante uma escavação por arqueólogos israelenses

Fósseis de dentes de 400 mil anos podem mudar a teoria da evolução humana, segundo arqueólogos israelenses que os encontraram. Os pesquisadores da Universidade de Tel Aviv acreditam que os dentes seriam de seres humanos modernos, tornando o fóssil a mais antiga evidência da existência de um Homo sapiens.
A teoria aceita atualmente é a de que os Homo sapiens se originaram na África há cerca de 200 mil anos antes de se espalhar pelo mundo.
Os fósseis de dentes foram encontrados durante as escavações da caverna de Qesem, um sítio pré-histórico encontrado em 2000 a 12 km ao leste de Tel Aviv, em Israel.
A descoberta foi relatada em um artigo publicado na revista especializada American Journal of Physical Anthropology.
Paradigmas
Pesquisadores dizem que mais estudos são necessários. O coordenador do estudo, Avi Gopher, diz que mais pesquisas são necessárias para comprovar a teoria de seus pesquisadores, mas afirma que a descoberta tem o potencial de mudar o conceito da evolução humana.
"A datação da caverna mostra que a presença do Homo sapiens nesta parte do mundo é mais antiga do que as outras evidências que tínhamos até então", afirma Gopher. "Esta conclusão pode ser de grande importância, porque pode ser a primeira evidência para mudar alguns dos paradigmas que usamos em termos da evolução humana", diz o pesquisador.
A equipe da Universidade de Tel Aviv analisou os fósseis com raios-X e tomografias computadorizadas. A datação foi feita com base na análise da camada de terra na qual eles foram encontrados.
Segundo a teoria aceita atualmente, os humanos modernos e os neandertais se originaram de um ancestral comum que vivia na África há cerca de 700 mil anos.
Um grupo que migrou para a Europa se desenvolveu nos neandertais antes de serem extintos. Outro grupo, que permaneceu na África, teria gerado os seres humanos modernos, ou Homo sapiens.

Japão adia criação de sistema de cotas de emissão de CO²


O governo do Japão decidiu nesta terça-feira adiar até depois de 2013 a criação de um sistema de cotas de emissão de gases poluentes para a indústria, no meio de uma forte resistência do setor empresarial, informou a agência local Kyodo.
O Partido Democrático do Japão (PD) propôs a criação deste sistema de cotas mais estrito durante as eleições gerais de agosto de 2009, mas no início deste mês quis prorrogar o prazo de aplicação da medida pela oposição empresarial.
Este sistema para controlar as emissões de carbono propõe fixar cotas para cada empresa japonesa, e aquelas que excederem o limite comprarão direitos de emissão de outras companhias mais limpas.
O governo japonês, que se comprometeu a reduzir suas emissões de dióxido de carbono em 25% em 2020 frente ao nível de 1990, apresentou recentemente um projeto de lei para resistir aos efeitos do aquecimento global, que inclui a introdução de um imposto meio ambiental e a compra a um preço fixo de eletricidade gerada por energias alternativas. O novo imposto se traduziria em um aumento dos encargos sobre a gasolina, o gás natural e o carvão, que serão aplicados em vários períodos desde outubro de 2011.
O governo do primeiro-ministro Naoto Kan decidiu analisar "cuidadosamente" a proposta para fomentar a partir de 2012 o uso de energias renováveis, entre elas a solar e a eólica, embora tudo aponte que encontrará oposição da indústria energética, segundo alguns analistas.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Uruguai adota padrão nipo-brasileiro de TV digital


O presidente uruguaio, José Mujica, decidiu adotar o padrão nipo-brasileiro (ISDB-T) de televisão digital, revendo a opção do governo anterior pelo padrão europeu (DVB-T), anunciou nesta segunda-feira o chanceler Luis Almagro.
A decisão foi adotada "por razões geopolíticas e para ser coerente com o discurso de integração, priorizando as relações com Argentina, Brasil e o Mercosul", disse o chanceler em entrevista coletiva.
Almagro destacou que integrantes do governo se reuniram hoje para informar a decisão à delegação da União Europeia no Uruguai.
O país, que havia optado em 2007 pelo padrão europeu, planeja realizar a mudança do sistema analógico para o digital em 2014.

Teste de supercomputador para previsão do tempo inicia terça


Começam na terça-feira os testes do supercomputador Tupã, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O equipamento está instalado em Cachoeira Paulista (SP), onde funciona o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec). Capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo, o Tupã está entre os mais poderosos supercomputadores do mundo para previsão de tempo e estudos sobre as mudanças climáticas.
De acordo com o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, o custo do supercomputador foi de R$ 50 milhões. Com a entrada do Tupã em operação, o nível de detalhamento das previsões sobe para cinco km na América do Sul e para 20 km no resto do mundo.
As previsões ambientais e de qualidade do ar terão prognósticos de maior resolução, de 15 km, com até seis dias de antecedência. Com isso, será possível prever fenômenos extremos como chuvas intensas, secas e geadas.
A nova máquina também será fundamental para o desenvolvimento e implementação do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global, que vai monitorar a atmosfera, os oceanos, as áreas da Terra constantemente cobertas por gelo ou neve, a vegetação e os ciclos biogeoquímicos. O supercomputador vai verificar como esses elementos têm sido influenciados pela ação do ser humano. A fase de testes estava marcada inicialmente para o último dia 21.